Reportagem publicada em 15/4/2016 no Jornal: O Regional – Karla Sibro.
Professores oferecem para os alunos um diferencial de ensino com as videoaulas
Nova proposta de aulas da rede estadual de Educação já é oferecida em Catanduva. os professores se aliaram a tecnologia como forma de interatividade com os alunos e o ensino didático. Além de assistir em sala os vídeos propostos pelo projeto, os alunos também poderão assistir as aulas formativas por meio das redes sociais. As atividades começaram em Catanduva desde o início do ano. Os professores de Catanduva e região, que pertencem a diretoria de ensino, participaram de treinamento no mês passado e continuarão se aperfeiçoamento neste ano.
O destaque das vídeoaulas e que o material tem aproximadamente de um a dois minutos e são produzido pelos próprios professores, o que reforça o conteúdo aprendido em sala.
Na Escola Estadual (EE) Nestor Sampaio Bittencourt, por exemplo, os educadores de Matemática e Artes criaram juntos um tutorial sobre ‘simetria’.
Já na EE Alfredo Minervino foi à vez da disciplina de ciências ganhar uma linguagem mais moderna e próxima a crianças e jovens ao abordar a pirâmide dos alimentos.
A iniciativa da Diretoria de Catanduva acompanha a proposta da Secretaria de Educação de ampliar a oferta de materiais didáticos. Além de livros e apostilas, a rede estadual mantém no ar o Currículo+, uma plataforma de livre acesso e com conteúdo indicado aos alunos do Ensino Fundamental e Médio. São mais de 3 mil objetos digitais, incluindo vídeos, infográficos e games.
“A Diretoria de Ensino disponibilizará oficinas periódicas de capacitação até abranger todos os professores de todas as áreas”, informa a dirigente regional de ensino professora Maria Aparecida Cheruti.
Segundo o professor Alexandre Borgonovi, PCNP de Tecnologia do Núcleo Pedagógico e responsável pela capacitação, o trabalho está em consonância com as novas demandas de uma educação mais dinâmica e inclusiva que promove o acesso à tecnologia em todos os níveis.
“O aluno e o professor já estão interagindo com a tecnologia em seu dia a dia, nosso trabalho é facilitar e disponibilizar ferramentas que otimizem essas práticas visando uma educação de qualidade”, esclarece Borgonovi.
Oficinas
Durante a formação dos professores, os educadores recebem orientações de como elaborar oficinas práticas com orientações sobre roteiro, edição e até equipamento ideal para captura de imagens.
Nos encontros, os educadores aprendem que com o próprio celular eles podem criar um “estúdio de filmagem” em casa ou na escola. Outra dica: os vídeos precisam ser curtos e diretos para atrair a atenção dos estudantes.
“A tecnologia quando bem utilizada é uma ótima aliada da aprendizagem. Não há mais dúvida sobre isso. O próximo passo é melhorar a qualidade desses recursos. Por isso, incentivamos os nossos professores a elaborar os vídeos que eles mesmos vão utilizar em sala de aula. Além de entender as necessidades dos alunos, eles também dominam o currículo adotado em São Paulo”, explica Borgonovi.
Durante o treinamento, os professores trabalharam com diversos programas gratuitos de edição e elaboração, tipos de roteiro, organização de áudio e vídeo, narração e enquadramento.
As professoras que atuaram na área de humanas e linguagens e códigos no último treinamento foram Silvia, Silvana, Andressa e Luzia respectivamente da EE Nicola Mastrocola, EE Barão do Rio Branco e EE Nestor Sampaio Bittencourt.
“Elas elaboraram uma videoaula com o tema lusofonia, a partir de uma situação de aprendizagem para a primeira série do Ensino Médio, quando aconteceu a definição do tema e dos países que falam a Língua Portuguesa”, diz a dirigente.
Na área de matemática os professores Fábio, Elizete e Léia das escolas Jardim Imperial e Antonio Maximiano Rodrigues criaram uma videoaula com o tema a origem dos números.
“A apresentação passou da antiguidade à modernidade, mostrando as maneiras de contagem dos números”, conta a professora Maria Aparecida.
Também na área de humanas as professores Evanir, Irani, Nádia, Lizzy, Donizete e José Nelson, das EEs Joaquim Alves Figueiredo, Alfredo Minervino e Paulo de Lima Correa desenvolveram a vídeoaula sobre regionalização, com foco nos aspectos linguísticos.
Trabalho Interdisciplinar
Conforme informações dos professores a metodologia é uma forma de desenvolver um trabalho interdisciplinar com mais interatividade.
“Tais atividades formativas vêm para fortalecer o compromisso do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Educação e Diretorias de Ensino com a educação de qualidade. As aulas são preparadas pelos professores que após prontas serão enviadas para as redes sociais, para que os alunos possam acessá-las quantas vezes quiser, utilizando inclusive o celular”, conclui Maria Aparecida.