No mês de setembro de 2019 o professor de Sociologia, Valdair Brizzotti, da EE Antonio Carlos localizada no município de Catiguá-SP, desenvolveu junto aos alunos do Ensino Médio o Projeto: “Conservar e priorizar os monumentos culturais do município”, cujo o propósito foi envolver os alunos na criação de maquetes de monumentos importantes do município de Catiguá, com o objetivo de divulgar, discutir e refletir sobre a importância histórica para o município e possíveis ações de conservação.
Os alunos Afonso Trazzi, Barbara Fernanda, Danilo Veiga, Tiago Henrique, Vitoria Carolina e Vitoria Campos criaram as maquetes com orientação do professor Valdair Brizzotti, fazendo uso de papelão, palito de sorvete, palitos para espeto, acetato, verniz vitral, squiz, latex, pigmento e papel micro-ondulado. As maquetes ficaram expostas na própria escola para que os demais alunos e comunidade escolar pudessem conhecer e saber mais sobre a história de cada um dos monumentos recriados. Segue abaixo um texto redigido pelo professor responsável pelo projeto e utilizado na exposição:
“A cultura desempenha um papel relevante no que respeita à transformação das relações sociais, com vistas a um modelo mais sustentável de sociedade. De fato, a cultura, em sua diversidade, precisa ser também compreendida como uma fonte de motivação e empoderamento para a cidadania; de ressignificação de práticas, linguagens e costumes; bem como um relevante vetor para a geração de trabalho digno. Fica nítido, assim, que pensar e construir uma cidade mais humana passa necessariamente por um processo profundamente conectado com o fazer cultural em suas mais diversas nuances.
Políticas culturais devem orientar-se para o desenvolvimento humano em sua totalidade. A cultura tem potencial de nutrir as capacidades e valores humanos. Nesse sentido é reconhecida como motor de promoção dos direitos humanos e das liberdades fundamentais por diversos documentos/tratados políticos internacionais.
A promoção do acesso aos meios e insumos de produção artística e cultural e aos bens e serviços culturais tem como desafio ser de modo descentralizado territorialmente e socialmente equitativo, para fazer o enfrentamento dos desequilíbrios socioeconômicos e regionais existentes no país, manifestados na área cultural por uma expressiva concentração de recursos públicos e ações culturais.
Além disso, cada vez mais se observam episódios de intolerância do público em relação à cultura. Em vista disso, é também preciso entender o porquê de as manifestações culturais sofrerem tantos ataques, bem como discutir como a cultura pode recobrar sua dimensão simbólica no coração das pessoas.
Faz-se relevante para o município se conhecer e se reconhecer em sua diversidade, em suas peculiaridades, em sua originalidade, de maneira a aperfeiçoar o entendimento das convergências histórico-culturais com as comunidades das diversas culturas locais e as dos imigrantes. As políticas culturais devem encontrar caminhos para estimular e mobilizar os saberes e habilidades dos indivíduos e comunidades de diferentes perfis para impulsionar o desenvolvimento, começando pelo seu próprio bem-estar.
Além disso, o envolvimento e a sinergia entre a classe artística, proponentes, financiadores, público e demais agentes culturais é fator decisivo para o pertencimento e a participação ativa da sociedade no seu desenvolvimento cultural, formando uma rede de dinâmica de ganhos conjuntos. Os mecanismos de definição de políticas culturais e a utilização de recursos e incentivos fiscais na área da cultura devem ser efetivados a partir de decisões conjuntas entre governo e sociedade civil, assim como serem dotados de mecanismos permanentes de medição de risco, de transparência, do uso de tecnologia e da aplicação de qualidade de gestão em todos os seus processos. Para tanto, é primordial fortalecer os mecanismos de apoio ao fomento, à difusão, à capacitação técnica e artística.”
Valdair Brizzotti – Professor de Sociologia.
Fonte: Equipe Gestora da EE Antonio Carlos.